Quando você é criança, você é tão ingênuo a ponto de achar que ser adulto é uma coisa legal.
sábado, 7 de maio de 2011
terça-feira, 3 de maio de 2011
segunda-feira, 2 de maio de 2011
identificações do msn :
oi: pessoa seca
ooi: pessoa animada.
ooi :) : pessoa que gosta de falar com você.
oooooi *-* : pessoa que estava esperando você entrar.
ooiiiEww: pessoa retardada. FUJA.
Ele te acha linda mesmo quando você corta seu cabelo sozinha, ele te ama mesmo que você fique e pense em outros garotos, ele se gaba pros amigos somente pelo fato de ter você, ele te dá presentes, te mima, te beija na testa, e embora às vezes você ache um exagero, você o ama no fundo, mas ele te ama bem mais.
É garota, aposto que você pensou no garoto perfeito, mas eu tô falando do seu PAI.
É garota, aposto que você pensou no garoto perfeito, mas eu tô falando do seu PAI.
quarta-feira, 20 de abril de 2011
&
Eu vou fingir, que não o conheço mais. Que ele não passa de um simples amigo pra mim.
isso vai doer muito, eu sei, mas não tenho mais forças para correr atrás...
O que tiver que ser vai ser!.
Quem sabe um dia ele se lembre de mim,mas uma coisa você pode ter certeza:
Nunca ninguém vai gostar tanto dele como eu gosto.
Pois é, eu não deixei de gostar, eu só cansei de sofrer. ;x
isso vai doer muito, eu sei, mas não tenho mais forças para correr atrás...
O que tiver que ser vai ser!.
Quem sabe um dia ele se lembre de mim,mas uma coisa você pode ter certeza:
Nunca ninguém vai gostar tanto dele como eu gosto.
Pois é, eu não deixei de gostar, eu só cansei de sofrer. ;x
:/
Será que tudo isso realmente vale a pena? quer dizer, será que vale a pena ter tanta afeição por uma pessoa e não saber se esse sentimento vai ser retribuído? Pensar nela como se ela fosse o sol, e depois descobrir que essa pessoa pensava em você como uma alma perdida a mais nesse gigantesco mundo em que vivemos. Talvez esse sentimento não passe apenas de mais uma de minhas ilusões amorosas, criação do meu subconsciente ou meu próprio coração me golpeando pelas costas... Agora eu só queria poder ver seu coração, e tentar decifrar seus sentimentos ocultos, mas, como não posso, por enquanto contento-me com o silêncio de teus olhos negros e me conformo em somente continuar imaginando.
domingo, 6 de março de 2011
" Hoje estou sendo tudo aquilo que me permitir ser, com todos os erros, quedas, acertos. Não me importo mais com a opinião de pessoas que não são amigos, a felicidade é um eterno alto e baixo, que não dura muito, mas sempre volta. Permitir-me não olhar mais pra trás, mesmo porque eu não sou mais a mesma de antes, mudei, sou outra pessoa, mais calejada , porém menos iludida com a vida e com as pessoas, me conformei de não ter tudo o que eu quero na vida, me conformei a sentir falta como se fosse apenas uma vontade de tomar sorvete, aprendi a me adequar com as situações que a vida me empurra goela abaixo.
Livrei-me de sentir dor, de sofrer por coisas, situações e pessoas que não merecem as minhas lágrimas, decidi viver mais e morrer menos, escolhi ser mais cruel com as pessoas e menos cruel comigo mesma. A gente nasce uma pessoa e termina outra, a vida e as pessoas transformam a gente em outra diferente da que veio ao mundo. Sou cheia de marcas, cicatrizes, lembranças felizes e ruins, sou uma eterna de nostalgia. A gente morre um pouco em cada queda. "
Livrei-me de sentir dor, de sofrer por coisas, situações e pessoas que não merecem as minhas lágrimas, decidi viver mais e morrer menos, escolhi ser mais cruel com as pessoas e menos cruel comigo mesma. A gente nasce uma pessoa e termina outra, a vida e as pessoas transformam a gente em outra diferente da que veio ao mundo. Sou cheia de marcas, cicatrizes, lembranças felizes e ruins, sou uma eterna de nostalgia. A gente morre um pouco em cada queda. "
Sempre foi uma busca não muito exagerada por você. Quando apareceu me mostrou que aquilo que no fundo eu procurava tinha um nome, um rosto um corpo, que me mostraria que não se é feliz sozinha. Que sempre se existe um porém, mas que o porém depois de ti mudaria. Teria sempre a mesma conclusão final. Que eu te amo, que nada pode mudar e nem que suma a sua face da lembrança, os momentos não serão apenas lembranças de um tempo bom.
Estou dando um passo a frente, só tenho medo de cair e de me esquecer.
Mas enquanto escrevo descobrirei minha identidade.
Não sei como começar, não sei como continuar ou se vou parar, mas quando escrevo, meus sentimentos fluem sem destino.
As coisas não são tão fáceis assim, penso, logo choro.
Escuto, logo reflito, sigo e logo caio. As coisas realmente não são tão fáceis assim.
Pensar requer cérebro e bons pensamentos, e isso é uma coisa que ainda está se desenvolvendo dentro de mim.
Assim como a minha capacidade de perceber e acreditar que um dia vou ficar marcada nesse mundo.
Enquanto uns observam, outros falam, alguns pensam e acreditam...
eu sinto.
aaa, Deus *-* obrigado por tudo tudo mesmo . obrigado por hoje eu estar viva , aaa, eu não seria nada sem você , nada mesmo! perdão por tudo, por todos os meus pecados,por tudo que eu fiz que não agradou a Ti , perdão por tudo aquilo que eu disse , fiz , ou pensei que não provém da tua palavra Senhor . é tudo na minha vida, minha base , que sejas tudo o que sinto & o que penso, que de manhã seja o primeiro pensamento , e a luz em minha janela! ♫ *-* aaa, Senhor . obrigado por estar sempre comigo , me livrando de todo mal, e por cada vez mais estar me abençoando, mesmo que eu não mereça tudo que faz por mim , Senhor . eu vou estar cada vez mais na tua presença , prometo! porque se há alguém que merece toda honra e glória é o Senhor , e vou te adorar com toda força que há em mim *-* meu amor por Ti é maior do que tudo e todos ..
sou completamente tua Senhor , não importa o que a vida me causou ♫ *-*
Sabemos como é a vida ;
.. num dia dá tudo certo e no outro as coisas já não são tão perfeitas assim $: altos e baixos fazem parte da construção do nosso carater; afinal, cada momento, cada situação, que enfrentamos em nossas trajetórias é um desafio, uma oportunidade única de aprender, de se tornar uma pessoa melhor só depende de nós, das nossas escolhas...não sei se estou perto ou longe de mais, se peguei o rumo certo ou errado ;S sei apenas que sigo em frente, vivendo dias iguais de forma diferente... já nao caminho mais sozinho, levo comigo cada recordação, cada vivência, cada lição ;$
E mesmo que tudo não ande da forma como eu gostaria; saber que já não sou o mesmo de ontem; me fez perceber que valeu a pena.
E mesmo que tudo não ande da forma como eu gostaria; saber que já não sou o mesmo de ontem; me fez perceber que valeu a pena.
nada como um dia após o outro,
hoje foi melhor que ontem. E amanhã será melhor que hoje. E assim vamos vivendo, acreditando, sonhando, sentindo e vendo tudo a nossa volta.
De acordo com o dicionário, chorar é derramar ou verter lágrimas. Mas, na verdade, é muito mais do que isso. Chorar é a maneira mais fácil de limpar a alma. Ou não. Às vezes, o choro leva tudo que há de ruim dentro de nós, para fora, nos fazendo começar a ver o mundo com os outros olhos. Mas às vezes, o efeito é totalmente o inverso; traz tudo que há de ruim lá fora, no mundo real, para dentro de nós. Chorar de alegria, de tristeza, de saudades, de raiva, de emoção, de arrependimento, de culpa, de decepção, de dor, por alguém, pra alguém, com alguém. Não importa qual for o motivo. Chorar é sempre bom. É uma forma de mostrar a si mesmo e aos outros que você não é de ferro, e que tem sim seus próprios sentimentos. E não importa o quanto os outros digam que é besteira chorar por algo, porque não é ! Não tema, e chore, sem receio, seja lá qual for o porquê. E quando o choro acabar, e todas as lágrimas secarem, lembre-se que o mundo está esperando seu sorriso mais sincero.
/
Hooje ..
deu vontade de chorar e eu só queria um colo para encostar minha cabeça e fingir que o mundo lá fora não existe. Hoje eu queria um abraço daqueles que te sufoca de tão apertado e ao mesmo tempo te protege de tudo. Hoje eu só queria ouvir “eu liguei pra saber se você tá bem” pra sentir uma dor menos doída dentro do peito. Cansei de amar pela metade. Cansei de me sentir sozinha. Cansei de tanta mentira. Cansei dos dias iguais, da rotina. Cansei de mim e de me deixar sempre em última opção. Cansei de procurar meus amigos. Cansei de mentir pra mim, pra ver se dói menos. Cansei de me preocupar com quem não se preocupa comigo. Cansei de sofrer e de acordar indisposta, cansei de sentir o coração bater mais forte, com uma sensação de arrependimento, de erro. Cansei de tudo. :/
sabe o horizonte ? onde não sabemos o que nos espera ?
pois é, quero ir até lá. o que acha de ir comigo, meu amor ?
se decidir que sim, só peço que não largue minha mão nunca mais, que não duvide nunca do que faria por ti, ou do quanto te amo.
me abraça, me deixa segura, me beija, me protege.
juro que não deixo você se arrepender de tua decisão, juro que te farei feliz pelo resto da sua vida, COMIGO ! juro que te amarei, cada dia, cada segundo mais.
vamos tomar decisões JUNTOS, vamos destruir todos os obstáculos JUNTOS, vamos ser felizes, vamos nos amar.
mas essa decisão não cabe a mim, e sim a você. você sabe o meu sentimento por ti, sabe que você para mim, é meu bem maior, que eu quero cuidar e proteger.
mas então, vamos ao horizonte ? ♥
Quanto tempo nessa vida, você acha que precisa pra aprender que o tempo não te dá chances de tentar outra vez? É melhor a gente dar valor, dar carinho, demonstrar amor quando tem chance, depois vai sentir que faz falta e querer reviver. Esse é o seu momento, reviva cada instante, quantas coisas você tenta fazer hoje que deveria ter feito antes? Porém antes tarde do que nunca, ontem sol, hoje a chuva. Lavar a alma me traz boas lembranças, que seja essa a nossa herança, nunca perca a esperança. O que vale é perseverar, lutar e cada obstáculo superar. Quanto tempo nessa vida, você acha que precisa pra aprender a dizer "muito obrigado, me desculpe, foi eu quem errei." ? Como aquele beijo que você me deu antes de ir embora sem dizer adeus, aquele abraço forte que você guardou, a vida logo passa e você nem notou, aquele momento difícil que você passou também valeu a pena, você superou. Um alguém que você conheceu, um amigo pra chamar de seu, a vida vai mostrar, tem coisas que vem pra ficar.
-
É, existe coisas que eu escrevo que você nunca lerá, coisas que eu sinto, que você nunca ouvira de mim. E se um dia te disser tudo o que sinto ? O que fará ? Eu não falarei exatamente tudo, mas estará percebível tudo em meu olhar e em cada parte de mim, como sempre esteve, e só você não viu. Sabe como é dormir e acordar pensando em uma única pessoa ? Eu sei. Queria que você pudesse ouvir o que eu penso antes de dormir. Eu não estou mais aguentando um “Eu te amo”, de final de conversa de msn. Eu preciso de um “Eu te amo” de verdade. Já, pensei e tentei varias vezes seguir minha vida e desistir de você, de uma vez por todas, mas quando ouço seu nome, lembro de tudo que eu queria fazer, imagino você ao meu lado, e esqueço as mil razões pra te esquecer e me apego na única que eu tenho pra ficar, me apego ao que ainda sinto em mim. E eu sei, você aqui mudaria, completamente, tudo, eu sinto. E eu não sou triste assim, é que ultimamente ando cansada, cansada de me apoiar em um sentimento que sustenta meu edifício inteiro. Dizem que algumas vezes é preciso trocar as chaves do coração pra que algumas pessoas não possam mais entrar, e é isso que estou tentando fazer, daqui em diante. :*
sábado, 5 de março de 2011
Talvez eu saiba, em algum lugar, no fundo da minha alma que o amor nunca dura, e nós temos que arranjar outros meios de seguir, em frente sozinhos ou manter a cabeça erguida. e eu sempre vivi assim, mantendo uma distância confortável,e até agora eu jurei pra mim mesma que eu era feliz com a solidão, porque nada disso nunca valeu o risco.
paramore - Composição: Hayley Williams / Josh Farro
Não se importe com as minhas lágrimas, elas vão secar um dia.
Não se preocupe se eu chamar seu nome por alguns dias, um dia eu vou me calar.
Eu desejo que você seja feliz, não importa para onde vá, eu espero que encontre o que sempre procurou. que consiga preencher seu coração, que consiga encontrar sua felicidade.
Eu espero que não olhe para tras quando partir, que siga apenas olhando para frente.
Apenas se prendendo ao presente, e se preocupando com o futuro.
Não se preocupe comigo, eu vou ficar bem.
Um dia eu também vou encontrar minha felicidade.
Todos temos o direito de ser feliz,
Só podemos aceitar que a felicidade de alguns não é do nosso lado.
Ah menino fofo, quando eu tinha você era como se cada manhã fizesse parte de um conto de fadas , o seu jeito me tornava uma pessoa melhor, seu sorriso bobo me deixava feliz. Eu devia ter dado valor a você que me fez tão bem.
Acabou da mesma forma que começou, sem eu perceber, e agora faz falta, nossas conversas sobre nada, nossa timidez. Foi passageiro mas especial, se pudesse viveria tudo novamente, mas dessa vez não deixaria você sair da minha vida tão cedo..
Sabe quando agente se apaixona por alguém ?
Quando se tem uma pessoa tipo, namorado ?
Que a pessoa tem que ver a outra todos os dias
tem que ligar pra dizer “Oi”.
Quando você ta na rua sente aquela saudade,
daí você manda um torpedo dizendo:
“Oi amor, saudades.”
Eu sinto assim com Jesus (...)
Quando eu to na rua, eu me isolo e digo:
Jesus te amo, anda comigo hoje.
APAIXONE- SE ♥ por aquele que te criou e que te
Quando se tem uma pessoa tipo, namorado ?
Que a pessoa tem que ver a outra todos os dias
tem que ligar pra dizer “Oi”.
Quando você ta na rua sente aquela saudade,
daí você manda um torpedo dizendo:
“Oi amor, saudades.”
Eu sinto assim com Jesus (...)
Quando eu to na rua, eu me isolo e digo:
Jesus te amo, anda comigo hoje.
APAIXONE- SE ♥ por aquele que te criou e que te
conhece mais do que você mesmo, pois pessoas apaixonadas fazem coisas extraordinárias e você foi chamado para coisas extraordinárias!
O que me motiva é saber que mesmo não vendo o sol ele continua brilhando, que mesmo eu não estando feliz a felicidade ainda existe. Acordar de manhã e ver que eu tenho um longo dia pela frente. Dormir sabendo que eu ajudei e fiz alguém feliz durante dia. Saber que mesmo não tendo certeza eu ainda posso tentar.
Saber que mesmo se algo não deu certo eu estou satisfeita, pois lutei pelo que queria. Saber que ainda que eu perca sempre há uma esperança. Ainda que eu caia sempre há uma mão pra me ajudar a levantar. Saber que se um dia eu errar, se um dia eu machucar alguém, eu ainda terei amigos que me amam para me perdoar. Saber que eu não sou perfeita, mas que eu posso ser muito boa em alguma coisa.
Olhar nos olhos de uma criança e ver que ainda há pureza e amor no mundo. Reparar nos pequenos atos que podem parecer insignificantes, mas que mudam vidas. Abraçar meus melhores amigos e sentir um amor recíproco. Ouvir uma música e perceber que ela foi feita pra mim.
Conhecer pessoas que ainda tem o dom de amar...
Conhecer pessoas que ainda tem o dom de amar...
Mas, de tudo isso, o que mais me motiva é ter a certeza de que é DEUS quem DIRIGE TODOS OS MEUS PASSOS.
estava tão perto
o suficiente pra ouvir sua voz. Perto o suficiente pra olhar bem no fundo dos seus olhos. Perto o suficiente para fazer tudo dar certo. Perto o suficiente para te sentir. Perto o suficiente para poder te abraçar. Mas eu hesitei. Fiquei somente com a vontade. Estranha vontade. Estranha sensação.
é dificil,
dizer ao meu coração, não se acelere ao te ver.
Difícil é fazer meus sentidos entenderem não ter você aqui.
Difícil é segurar essa vontade de te ter pra mim.
Sei que a razão não consegue convencer meu coração.
eu chorei *-*
ERA DIA 7 DE OUTUBRO '
Ana se lembrava bem. Como em todos os outros dias, ela se levantou, entrou embaixo do chuveiro, lavou seus cabelos, colocou uma roupa, comeu algo e foi pra escola. Quando chegou em casa, abriu seu MSN. Um convite novo. 'Aceite', pensou ela. Foi por sua intuição, sempre ia.
Era um garoto, chamado Bruno. Os dois começaram a conversar. Com o tempo descobriram que gostavam das mesmas bandas, das mesmas comidas, do mesmo tudo. Tinha quase tudo em comum, exceto uma coisa: a cidade. O garoto morava em Londres. A garota, em Bolton, uma pequena cidade ao sul da Inglaterra. Eles começaram a conversar mais e mais. Cada dia mais, cada vez mais. A mãe de Ana achou que estava viciada em internet, o que realmente estava. Ela estava certa, Ana não podia contrariá-la. A garota era apenas muito preocupada com seu futuro, não deixava de fazer lições de casa para entrar no computador. Mas assim que acabava, ligava logo o aparelho.
Era também o caso de Bruno.O garoto sempre que chegava da escola deixava o computador ligado, com o Messenger aberto. Desligava a tela do computador, e fazia a lição. Sempre tinha pouca, então ficava esperando Ana, até 6 da tarde, que era quando a garota entrava, mais ou menos. Os dois começaram a conversar aos 17 anos, e foi assim. No começo dos 18 anos, aconteceu a coisa mais esperada pras amigas de Ana (sim, porque as amigas sabiam de tudo, e esperavam há cerca de 9 meses algo acontecer): Bruno a pediu em namoro. E foi assim, se conheceram por um computador, namoravam por um computador. O que os dois tinham era maravilhoso. Uma coisa que as amigas de Ana jamais haviam experimentado, ou ouvido falar. Nem mesmo na ‘vida real’.
Eles confiavam um no outro mais que qualquer casal que todas as amigas de Ana já tinham visto, ou ouvido falar. Isso requer, realmente, muita confiança. E eles se amavam. Quando as amigas de Ana passavam o dia na casa da garota, elas viam a conversa. Elas conseguiam sentir o amor.Eles estavam completa e irrevogavelmente apaixonados. Não havia nada que mudaria aquilo. O tempo passou, os dois ficavam mais apaixonados a cada dia (o que ia totalmente contra as idéias de Marcela, amiga de Ana. A garota pensava que a cada dia que se passasse, a tendência era o amor se esvair. Eles provaram que estava errada). Todo dia de manhã, na hora da aula dos dois, Bruno ligava para a garota. A acordava, para começarem o dia com a voz um do outro.Todo dia de manhã, na hora da aula dos dois, Bruno ligava para a garota. A acordava, para começarem o dia com a voz um do outro. Um dia o garoto apareceu com a boa notícia: ele conseguiria ir para Bolton. Passaria um dia lá, pois viajaria.
Eles se encontraram à noite, em frente à ex-escola de Ana. Ela conversou com o garoto. Ana não quis beijá-lo.
- Vou ficar dependente de você. Sei que você é uma droga pra mim, é viciante. Então se eu te beijar hoje, não vou conseguir ficar mais um minuto longe de você.A gente vai se reencontrar.E ai, vamos ficar juntos pra sempre.'' Ela disse e o abraçou. Com mais força do que já abraçou outra pessoa. E o garoto se contentou em encostá-la. Ele sabia que o que Ana estava falando era verdade. Eles IRIAM se encontrar. E IRIAM passar o resto da vida juntos. Ele tinha certeza que ela era o amor da vida dele. Bom, agora a ‘maldita inclusão digital’ se transformou na melhor maldita inclusão digital.
O tempo passou rápido quando eles estavam juntos. Se divertiram muito, e Bruno gostou da simpática cidade da sua namorada. Ele foi embora no dia seguinte, cedo demais para conseguirem se despedir. O tempo passou, e o amor dos dois só ia aumentando. Passaram-se 6 meses desde que Ana tinha conhecido seu namorado pessoalmente, e Marcela ainda não entendia por que eles não tinham se beijado.
- Any, você já parou pra pensar que pode ter sido uma chance única?! Você foi idiota, você sabe disso, né? – A garota dizia, sempre culpando Ana. Mas ela sabia o que era melhor pra ela. Já tinha cansado de explicar para Marcela. Não explicaria mais uma vez. Haviam 9 meses que os dois namoravam, e um ano que se conheciam. Eles se amavam muito, mais que qualquer pessoa que as amigas e amigos do casal já tinha visto. Um dia, Bruno apareceu com a notícia: ele conseguiu uma bolsa em uma faculdade em Bolton, e se mudaria para a cidade tão desejada. Ana se chocou com isso. Por semanas se perguntou se sacrificaria o tanto que o garoto iria sacrificar por ele. Mas ela não era a maior fã de pensamento. Isso a fez mal.
- Any, deixa de ser besta. Você o ama, até eu posso perceber isso! E você sabe, eu não sou a pessoa mais esperta do mundo. – Marcela disse, encorajando a amiga.
- Eu sei, Marcela, mas... Ele tá desistindo da vida toda dele em LONDRES pra vir pra BOLTON! Por mim! – Ana disse – E pela bolsa que ele ganhou na faculdade, mas é mais por mim, ele me disse. - Ana, presta atenção. – Ana olhou pra amiga.
– Você não sabe quantas meninas invejam você. Não sabem mesmo. Eu, por exemplo, te invejo demais. Daria qualquer coisa pra ter um namorado como o seu. Vocês confiam tanto um no outro, e se amam tanto. Eu tenho até nojo de ficar no quarto com você quando você ta conversando com ele. É um amor que se espalha no ar, que nossa senhora! Eu consigo sentir os coraçõezinhos explodindo pelo quarto. Ai fica tudo rosa, e você fica com uma cara de sonho realizado pro computador! Any, pára de subestimar o que você tem. Deixa de ser idiota. - Você é um amor, sabia? Marcela, não sei. Não dá. Eu não desistiria de tanto por ele, e eu acho injusto ele desistir de tanto por mim.
Marcela bufou. Porque a amiga tinha que ser tão burra? Meses se passaram, o tempo passava rápido. Ana não terminaria o namoro por messenger, frio demais. Ela esperaria o namorado chegar. A garota tentava adiar o máximo possível, por mais que quisesse ver o garoto de novo. Ele tinha um cabelo lindo, e olhos mais ainda. Ana conseguiria ser invejada por todas as garotas da cidade se fosse vista com ele. Mas ela não queria inveja. Queria seguir o seu coração. Quanto mais Ana queria adiar a situação, mais as horas corriam, e com elas os dias, as semanas, as quinzenas, os meses. O ano. Chegou o dia; Ana esperou o seu futuro-ex-namorado onde se encontraram meses atrás. Ela negou o beijo mais uma vez. O namorado ficou sem entender, mas aceitou.
- Olha, eu tenho que conversar com você. - Diga. – Bruno sorriu. - Quando você me disse ‘Vou me mudar pra Bolton’, eu fiquei feliz. Mais feliz que já fiquei há muito tempo. Mas depois eu comecei a pensar se faria o que você ta fazendo por mim. Você desistiu de toda sua vida em Londres, Bruno.
- Eu sei. Pelo melhor motivo na face da Terra.
- Não, não é. Eu sinto que eu não to sendo justa com você. E sem ser justa com você, eu não sou justa comigo. Eu não sei se eu faria o que você fez. Eu acho que não. Eu sou egoísta demais, eu não sei. Não quero mais ser injusta com ninguém, não quero dormir pensando isso. Há meses eu penso nisso, e fico com peso na consciência. E, de verdade, eu não sei se seu amor é o suficiente pra mim. – A garota disse e virou as costas. Foi andando para a sua casa. E ao contrario de momentos tristes clichês (n/a: eu odeio clichês), não estava chovendo. O céu estava azul, o sol brilhava, como raramente acontecia em Bolton. Mas o que estava dentro de Bruno (e de Ana) não era assim tão brilhante. Para Ana chegar em casa, tinha de passar pela frente da casa de Marcela – era esse o motivo de um sempre estar na casa da outra; elas moravam lado a lado. A garota passou correndo, chorando, enquanto Marcela estava na janela. Marcela saiu correndo de casa – ignorando completamente o estado critico em que se encontrava: blusa dos ursinhos carinhosos, cabelo preso em um rabo-de-cavalo mal ajeitado, short curto de florzinhas e pantufas do tigrão – indo logo para a casa da amiga. Ela bateu a campainha, e a mãe da amiga atendeu. Disse que podia subir as escadas, Ana estava em seu quarto. Marcela subiu correndo, tropeçou, quase caiu 3 vezes – ‘Malditas escadas enormes’, pensava – mas chegou ao quarto em segurança (lê-se sem sangue escorrendo pela cara).
- Any! O que foi, amor? – A garota encontrou a amiga deitada, chorando em sua cama.
- O Bruno! – Ana não conseguia falar direito. Por essa mini-frase Marcela tinha entendido. Não tinha mais Ana e Bruno pra sempre e sempre e sempre e sempre. Agora era Ana. A garota aprendeu a viver com a dor.Passaram-se 5 anos, Bruno estava formado em direito, era um advogado de sucesso, ainda morando em Bolton – nunca largaria a cidade que abrigava seu, ainda, maior amor. Ana era uma fotógrafa de sucesso, ganhava a vida fotografando famosos de todo mundo – mas não saíra de Bolton também, amava a cidade com todas e cada fibra de seu ser.
Bruno era melhor amigo de Ana, Ana era melhor amiga de Bruno. Ana tinha um noivo, um executivo de sucesso, que vivia de Londres pra Bolton, de Bolton pra Londres. Já Bruno sabia: por mais que tentasse achar alguém igual à Ana, não conseguiria. Só ela seria o amor da sua vida, que ele amava excepcionalmente. Nunca iria mudar. Ana iria passar algum tempo fora da cidade, iria para a capital, fotografar uma banda inglesa. Iria dirigindo à Londres – depois de tanto custo para tirar a carteira de motorista, agora queria mostrar ao mundo que tinha um carro e sabia guia-lo. Um carro. Dia chuvoso. Pista dupla. Um caminhão. Visão confundida. Bebida em excesso. No que isso poderia resultar? Não em uma coisa muito boa, com certeza. O caminhão bateu de frente com o carro de Ana. Ela não estava muito longe de Bolton, portanto ela foi levada para um hospital na cidade. O seu noivo, por sorte, estava em Bolton. Foi avisado, depois os pais, Marcela. E por ultimo, Bruno. Ele se apressou em chegar ao hospital que Ana estava internada. Ele chegou antes mesmo de Felipe, noivo da garota. Bruno andou por corredores com luzes fluorescentes fracas, brancas, o que aumentava a aflição dele.Como estaria Ana? A SUA Ana? Ele nunca imaginou nada de mal acontecendo à SUA Ana. Ela sempre seria dele, amiga ou namorada. Seria dele.Achou o quarto em questão, 842. Abriu a porta com cautela, e viu a imagem mais horrível que jamais poderia ter imaginado: Ana, sua Ana, deitada em uma cama de hospital, com ferimentos por todo o rosto e braços – as únicas partes de seu corpo que estavam aparentes.Ele chorou. Não queria ver a pessoa que ele mais amava em todo o universo daquele estado. ‘Frase clichê’, pensou, ‘mas porque não eu?’. As lágrimas caiam com força. Ele saiu do quarto com a visão embaçada pelas lágrimas; não sabia o que podia fazer.Ele foi para o lugar do hospital em que se era permitido fumar, e fez uma coisa que não fazia desde que tinha conhecido Ana: acendeu um cigarro. Começou a fumar, e ficou sozinho lá, encarando a parede. Imaginando se teria sido diferente se ele tivesse continuado em Londres. Ele lembrava, foi quem apoiou o curso de fotografia.
- Ah, cara... – Ana chegou se lamentando.
- Que foi, Any? – Bruno sorriu.
- Eu tenho que escolher o que eu vou fazer da vida, mas... É difícil demais!
- Eu sei bem como é... Porque não tenta fotografia? – Bruno apontou para a máquina digital, que agora estava nas mãos da garota. – Eu sei que você adora tirar fotos.
- Bruno, sabia que você é um GÊNIO? – Ana sorriu e abraçou o melhor amigo. SEU melhor amigo.
Se ele não tivesse sugerido o curso, Ana não estaria no hospital à essa hora. Os pensamentos profundos do garoto foram cortados quando a porta se abriu, fazendo o garoto estremecer.
- Ah, que susto, doutor. – Bruno se virou.
- Desculpe. Você é Bruno, certo?
- Certo.
- Bom, você tem bastante contato com Ana, certo? – Bruno balançou a cabeça positivamente. – Nesse caso, eu sinto muito. Para sobreviver, a Ana precisaria de um coração novo. A lista de espera por um coração é grande, e não sei se ela conseguirá sobreviver até chegar sua vez de receber um novo coração.Como poderia viver em um mundo sem Ana?! Saiu do lugar. Não podia esperar as coisas acontecerem, e ele ser egoísta e ficar em seu mundo, fumando até Ana ir pra outro lugar. Ele pegou um papel, uma caneta e escreveu um endereço, e um horário, uma hora depois daquilo. Entregou para o noivo de Ana, que agora estava na sala de espera.- Já foi vê-la? – Perguntou Bruno. O noivo negou com a cabeça.
PS: Não sei se vou conseguir te acordar amanhã. Você me perdoa por isso?"
Então ela chorou. Chorou e abraçou os pais, os pais dele. Chorou como nunca, e tremia por tantas emoções passarem por seu corpo. Ana encarou o noivo. Terminou o noivado naquele dia. Não adiantava esconder algo que estava na cara: ela amava Bruno, e seria sempre o SEU Bruno. ELE era o homem de sua vida, não Felipe. O homem que sempre esteve lá, amando-a ao máximo. Em qualquer momento.
Ana se lembrava bem. Como em todos os outros dias, ela se levantou, entrou embaixo do chuveiro, lavou seus cabelos, colocou uma roupa, comeu algo e foi pra escola. Quando chegou em casa, abriu seu MSN. Um convite novo. 'Aceite', pensou ela. Foi por sua intuição, sempre ia.
Era um garoto, chamado Bruno. Os dois começaram a conversar. Com o tempo descobriram que gostavam das mesmas bandas, das mesmas comidas, do mesmo tudo. Tinha quase tudo em comum, exceto uma coisa: a cidade. O garoto morava em Londres. A garota, em Bolton, uma pequena cidade ao sul da Inglaterra. Eles começaram a conversar mais e mais. Cada dia mais, cada vez mais. A mãe de Ana achou que estava viciada em internet, o que realmente estava. Ela estava certa, Ana não podia contrariá-la. A garota era apenas muito preocupada com seu futuro, não deixava de fazer lições de casa para entrar no computador. Mas assim que acabava, ligava logo o aparelho.
Era também o caso de Bruno.O garoto sempre que chegava da escola deixava o computador ligado, com o Messenger aberto. Desligava a tela do computador, e fazia a lição. Sempre tinha pouca, então ficava esperando Ana, até 6 da tarde, que era quando a garota entrava, mais ou menos. Os dois começaram a conversar aos 17 anos, e foi assim. No começo dos 18 anos, aconteceu a coisa mais esperada pras amigas de Ana (sim, porque as amigas sabiam de tudo, e esperavam há cerca de 9 meses algo acontecer): Bruno a pediu em namoro. E foi assim, se conheceram por um computador, namoravam por um computador. O que os dois tinham era maravilhoso. Uma coisa que as amigas de Ana jamais haviam experimentado, ou ouvido falar. Nem mesmo na ‘vida real’.
Eles confiavam um no outro mais que qualquer casal que todas as amigas de Ana já tinham visto, ou ouvido falar. Isso requer, realmente, muita confiança. E eles se amavam. Quando as amigas de Ana passavam o dia na casa da garota, elas viam a conversa. Elas conseguiam sentir o amor.Eles estavam completa e irrevogavelmente apaixonados. Não havia nada que mudaria aquilo. O tempo passou, os dois ficavam mais apaixonados a cada dia (o que ia totalmente contra as idéias de Marcela, amiga de Ana. A garota pensava que a cada dia que se passasse, a tendência era o amor se esvair. Eles provaram que estava errada). Todo dia de manhã, na hora da aula dos dois, Bruno ligava para a garota. A acordava, para começarem o dia com a voz um do outro.Todo dia de manhã, na hora da aula dos dois, Bruno ligava para a garota. A acordava, para começarem o dia com a voz um do outro. Um dia o garoto apareceu com a boa notícia: ele conseguiria ir para Bolton. Passaria um dia lá, pois viajaria.
Eles se encontraram à noite, em frente à ex-escola de Ana. Ela conversou com o garoto. Ana não quis beijá-lo.
- Vou ficar dependente de você. Sei que você é uma droga pra mim, é viciante. Então se eu te beijar hoje, não vou conseguir ficar mais um minuto longe de você.A gente vai se reencontrar.E ai, vamos ficar juntos pra sempre.'' Ela disse e o abraçou. Com mais força do que já abraçou outra pessoa. E o garoto se contentou em encostá-la. Ele sabia que o que Ana estava falando era verdade. Eles IRIAM se encontrar. E IRIAM passar o resto da vida juntos. Ele tinha certeza que ela era o amor da vida dele. Bom, agora a ‘maldita inclusão digital’ se transformou na melhor maldita inclusão digital.
O tempo passou rápido quando eles estavam juntos. Se divertiram muito, e Bruno gostou da simpática cidade da sua namorada. Ele foi embora no dia seguinte, cedo demais para conseguirem se despedir. O tempo passou, e o amor dos dois só ia aumentando. Passaram-se 6 meses desde que Ana tinha conhecido seu namorado pessoalmente, e Marcela ainda não entendia por que eles não tinham se beijado.
- Any, você já parou pra pensar que pode ter sido uma chance única?! Você foi idiota, você sabe disso, né? – A garota dizia, sempre culpando Ana. Mas ela sabia o que era melhor pra ela. Já tinha cansado de explicar para Marcela. Não explicaria mais uma vez. Haviam 9 meses que os dois namoravam, e um ano que se conheciam. Eles se amavam muito, mais que qualquer pessoa que as amigas e amigos do casal já tinha visto. Um dia, Bruno apareceu com a notícia: ele conseguiu uma bolsa em uma faculdade em Bolton, e se mudaria para a cidade tão desejada. Ana se chocou com isso. Por semanas se perguntou se sacrificaria o tanto que o garoto iria sacrificar por ele. Mas ela não era a maior fã de pensamento. Isso a fez mal.
- Any, deixa de ser besta. Você o ama, até eu posso perceber isso! E você sabe, eu não sou a pessoa mais esperta do mundo. – Marcela disse, encorajando a amiga.
- Eu sei, Marcela, mas... Ele tá desistindo da vida toda dele em LONDRES pra vir pra BOLTON! Por mim! – Ana disse – E pela bolsa que ele ganhou na faculdade, mas é mais por mim, ele me disse. - Ana, presta atenção. – Ana olhou pra amiga.
– Você não sabe quantas meninas invejam você. Não sabem mesmo. Eu, por exemplo, te invejo demais. Daria qualquer coisa pra ter um namorado como o seu. Vocês confiam tanto um no outro, e se amam tanto. Eu tenho até nojo de ficar no quarto com você quando você ta conversando com ele. É um amor que se espalha no ar, que nossa senhora! Eu consigo sentir os coraçõezinhos explodindo pelo quarto. Ai fica tudo rosa, e você fica com uma cara de sonho realizado pro computador! Any, pára de subestimar o que você tem. Deixa de ser idiota. - Você é um amor, sabia? Marcela, não sei. Não dá. Eu não desistiria de tanto por ele, e eu acho injusto ele desistir de tanto por mim.
Marcela bufou. Porque a amiga tinha que ser tão burra? Meses se passaram, o tempo passava rápido. Ana não terminaria o namoro por messenger, frio demais. Ela esperaria o namorado chegar. A garota tentava adiar o máximo possível, por mais que quisesse ver o garoto de novo. Ele tinha um cabelo lindo, e olhos mais ainda. Ana conseguiria ser invejada por todas as garotas da cidade se fosse vista com ele. Mas ela não queria inveja. Queria seguir o seu coração. Quanto mais Ana queria adiar a situação, mais as horas corriam, e com elas os dias, as semanas, as quinzenas, os meses. O ano. Chegou o dia; Ana esperou o seu futuro-ex-namorado onde se encontraram meses atrás. Ela negou o beijo mais uma vez. O namorado ficou sem entender, mas aceitou.
- Olha, eu tenho que conversar com você. - Diga. – Bruno sorriu. - Quando você me disse ‘Vou me mudar pra Bolton’, eu fiquei feliz. Mais feliz que já fiquei há muito tempo. Mas depois eu comecei a pensar se faria o que você ta fazendo por mim. Você desistiu de toda sua vida em Londres, Bruno.
- Eu sei. Pelo melhor motivo na face da Terra.
- Não, não é. Eu sinto que eu não to sendo justa com você. E sem ser justa com você, eu não sou justa comigo. Eu não sei se eu faria o que você fez. Eu acho que não. Eu sou egoísta demais, eu não sei. Não quero mais ser injusta com ninguém, não quero dormir pensando isso. Há meses eu penso nisso, e fico com peso na consciência. E, de verdade, eu não sei se seu amor é o suficiente pra mim. – A garota disse e virou as costas. Foi andando para a sua casa. E ao contrario de momentos tristes clichês (n/a: eu odeio clichês), não estava chovendo. O céu estava azul, o sol brilhava, como raramente acontecia em Bolton. Mas o que estava dentro de Bruno (e de Ana) não era assim tão brilhante. Para Ana chegar em casa, tinha de passar pela frente da casa de Marcela – era esse o motivo de um sempre estar na casa da outra; elas moravam lado a lado. A garota passou correndo, chorando, enquanto Marcela estava na janela. Marcela saiu correndo de casa – ignorando completamente o estado critico em que se encontrava: blusa dos ursinhos carinhosos, cabelo preso em um rabo-de-cavalo mal ajeitado, short curto de florzinhas e pantufas do tigrão – indo logo para a casa da amiga. Ela bateu a campainha, e a mãe da amiga atendeu. Disse que podia subir as escadas, Ana estava em seu quarto. Marcela subiu correndo, tropeçou, quase caiu 3 vezes – ‘Malditas escadas enormes’, pensava – mas chegou ao quarto em segurança (lê-se sem sangue escorrendo pela cara).
- Any! O que foi, amor? – A garota encontrou a amiga deitada, chorando em sua cama.
- O Bruno! – Ana não conseguia falar direito. Por essa mini-frase Marcela tinha entendido. Não tinha mais Ana e Bruno pra sempre e sempre e sempre e sempre. Agora era Ana. A garota aprendeu a viver com a dor.Passaram-se 5 anos, Bruno estava formado em direito, era um advogado de sucesso, ainda morando em Bolton – nunca largaria a cidade que abrigava seu, ainda, maior amor. Ana era uma fotógrafa de sucesso, ganhava a vida fotografando famosos de todo mundo – mas não saíra de Bolton também, amava a cidade com todas e cada fibra de seu ser.
Bruno era melhor amigo de Ana, Ana era melhor amiga de Bruno. Ana tinha um noivo, um executivo de sucesso, que vivia de Londres pra Bolton, de Bolton pra Londres. Já Bruno sabia: por mais que tentasse achar alguém igual à Ana, não conseguiria. Só ela seria o amor da sua vida, que ele amava excepcionalmente. Nunca iria mudar. Ana iria passar algum tempo fora da cidade, iria para a capital, fotografar uma banda inglesa. Iria dirigindo à Londres – depois de tanto custo para tirar a carteira de motorista, agora queria mostrar ao mundo que tinha um carro e sabia guia-lo. Um carro. Dia chuvoso. Pista dupla. Um caminhão. Visão confundida. Bebida em excesso. No que isso poderia resultar? Não em uma coisa muito boa, com certeza. O caminhão bateu de frente com o carro de Ana. Ela não estava muito longe de Bolton, portanto ela foi levada para um hospital na cidade. O seu noivo, por sorte, estava em Bolton. Foi avisado, depois os pais, Marcela. E por ultimo, Bruno. Ele se apressou em chegar ao hospital que Ana estava internada. Ele chegou antes mesmo de Felipe, noivo da garota. Bruno andou por corredores com luzes fluorescentes fracas, brancas, o que aumentava a aflição dele.Como estaria Ana? A SUA Ana? Ele nunca imaginou nada de mal acontecendo à SUA Ana. Ela sempre seria dele, amiga ou namorada. Seria dele.Achou o quarto em questão, 842. Abriu a porta com cautela, e viu a imagem mais horrível que jamais poderia ter imaginado: Ana, sua Ana, deitada em uma cama de hospital, com ferimentos por todo o rosto e braços – as únicas partes de seu corpo que estavam aparentes.Ele chorou. Não queria ver a pessoa que ele mais amava em todo o universo daquele estado. ‘Frase clichê’, pensou, ‘mas porque não eu?’. As lágrimas caiam com força. Ele saiu do quarto com a visão embaçada pelas lágrimas; não sabia o que podia fazer.Ele foi para o lugar do hospital em que se era permitido fumar, e fez uma coisa que não fazia desde que tinha conhecido Ana: acendeu um cigarro. Começou a fumar, e ficou sozinho lá, encarando a parede. Imaginando se teria sido diferente se ele tivesse continuado em Londres. Ele lembrava, foi quem apoiou o curso de fotografia.
- Ah, cara... – Ana chegou se lamentando.
- Que foi, Any? – Bruno sorriu.
- Eu tenho que escolher o que eu vou fazer da vida, mas... É difícil demais!
- Eu sei bem como é... Porque não tenta fotografia? – Bruno apontou para a máquina digital, que agora estava nas mãos da garota. – Eu sei que você adora tirar fotos.
- Bruno, sabia que você é um GÊNIO? – Ana sorriu e abraçou o melhor amigo. SEU melhor amigo.
Se ele não tivesse sugerido o curso, Ana não estaria no hospital à essa hora. Os pensamentos profundos do garoto foram cortados quando a porta se abriu, fazendo o garoto estremecer.
- Ah, que susto, doutor. – Bruno se virou.
- Desculpe. Você é Bruno, certo?
- Certo.
- Bom, você tem bastante contato com Ana, certo? – Bruno balançou a cabeça positivamente. – Nesse caso, eu sinto muito. Para sobreviver, a Ana precisaria de um coração novo. A lista de espera por um coração é grande, e não sei se ela conseguirá sobreviver até chegar sua vez de receber um novo coração.Como poderia viver em um mundo sem Ana?! Saiu do lugar. Não podia esperar as coisas acontecerem, e ele ser egoísta e ficar em seu mundo, fumando até Ana ir pra outro lugar. Ele pegou um papel, uma caneta e escreveu um endereço, e um horário, uma hora depois daquilo. Entregou para o noivo de Ana, que agora estava na sala de espera.- Já foi vê-la? – Perguntou Bruno. O noivo negou com a cabeça.
Ele saiu andando, saiu do hospital. Foi para seu escritório, pegou 3 papéis grandes e digitou 3 cartas. Uma para os pais. Uma para Ana. E uma sobre os desejos que tinha.Ele tomou um remédio depois disso. E dormiu, lenta e serenamente, dormiu. Não acordaria mais. Quando o noivo de Ana chegou, encontrou Bruno deitado no chão, sem pulso. Estava morto. Em cima da mesa, 3 cartas. Um recado para ele: "Eu não gosto de você. Nunca vou gostar. Mas mesmo assim, você tem que fazer algo que não poderei fazer. Leve meu corpo para o hospital, com essa carta em cima dele. A carta que está em cima das outras. Após isso, entregue a segunda carta para Ana quando ela acordar. E quando a noticia da minha morte chegar, entregue a terceira para os meus pais."
Assim acabava a carta. Felipe não acreditava no que lia. Não acreditou, e nem precisava. Correu para o hospital em seu carro. Ele entregou a carta e o corpo do homem, que agora estava ainda mais branco. Aconteceu na hora; o coração dele foi tirado e levado para Ana. Quando ela acordou, não muito depois, viu os pais dela, seu noivo e os pais do namorado de 6 anos atrás. Eles sorriam e choravam; ela não entendeu. Foi quando viu a carta com a letra dele, escrito o nome dela. Ela pegou a carta e leu, então.
Assim acabava a carta. Felipe não acreditava no que lia. Não acreditou, e nem precisava. Correu para o hospital em seu carro. Ele entregou a carta e o corpo do homem, que agora estava ainda mais branco. Aconteceu na hora; o coração dele foi tirado e levado para Ana. Quando ela acordou, não muito depois, viu os pais dela, seu noivo e os pais do namorado de 6 anos atrás. Eles sorriam e choravam; ela não entendeu. Foi quando viu a carta com a letra dele, escrito o nome dela. Ela pegou a carta e leu, então.
"Meu amor, bom dia. É hora de acordar. Eu não pude te ligar hoje, você estava ocupada. Por isso deixei essa carta. Sabe, eu não vou estar ai por um bom tempo, as pessoas sabem quando a sua hora chega. E eu aceitei a minha com a mesma felicidade que eu tinha quando te vi na frente da sua escola. A minha hora chegou quando seu fim estava próximo.Eu te prometi que te protegeria de tudo e qualquer coisa que acontecesse, e mesmo sem chamar, eu estive lá. Desta vez não me chamou, quis resolver sozinha, eu não podia deixar. Eu resolvi dar um fim então. Eu estava ficando cansado, o trabalho pesava demais. Mas porque agora? Eu não sei. Mas não teria sentido eu viver em um mundo que você não existe. Então eu decidi ir antes e ajeitar as coisas. Pra daqui a alguns anos nós conversarmos aqui na minha nova casa. Agora eu tenho que ir, meu amor. Esse coração no teu peito, esse coração que bate no teu peito. É o mesmo coração que está inundado do amor que você disse não ser o suficiente. É o mesmo coração que lhe dava amor todo dia. Por favor, cuide bem dele. Agora eu preciso ir, preciso descansar um pouco. Eu vou estar sempre contigo. Eu te amo !
PS: Não sei se vou conseguir te acordar amanhã. Você me perdoa por isso?"
Então ela chorou. Chorou e abraçou os pais, os pais dele. Chorou como nunca, e tremia por tantas emoções passarem por seu corpo. Ana encarou o noivo. Terminou o noivado naquele dia. Não adiantava esconder algo que estava na cara: ela amava Bruno, e seria sempre o SEU Bruno. ELE era o homem de sua vida, não Felipe. O homem que sempre esteve lá, amando-a ao máximo. Em qualquer momento.
Ela chorou muito, e seguiu a vida. Todos os dias ela lembrava de Bruno. Viver em um mundo sem ele não fazia sentido. Mas não desperdiçaria todo o amor e que estava dentro dela. Ela podia sentir seu coração batendo. Ela lembrava a cada momento, que mesmo separados eles estavam juntos. Mas apenas uma coisa fazia seu coração se apertar, se contorcer de dor. Que fazia uma lágrima se escorrer sempre que pensava nisso. Ela sentia falta daqueles beijos. Dos beijos que foram negados. Mas ela foi feliz. Morreu com seus oitenta e tantos anos. Mas era sempre feliz. Afinal,
O coração do homem de sua vida batia dentro dela.
O coração do homem de sua vida batia dentro dela.
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